'Esquerdogata' pede sigilo em inquérito sobre injúria

, atualizado

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A influenciadora petista Aline Bardy Dutra, conhecida como Esquerdogata, pediu à Justiça de Ribeirão Preto que decrete sigilo na inquérito em que ela é investigada por injúria racial contra um Policial Militar e resistência à prisão.

Ela foi presa no final de outubro, após discutir com um PM que realizava uma blitz. O agente a acusou de proferir ofensas racistas. A divulgação do vídeo do caso fez a petista perder milhares de seguidores nas redes.

No pedido de sigilo, o advogado Douglas Eduardo Campos Marques sustenta que a condição da investigada como figura pública justifica a medida.

"A indiciada é pessoa pública, atuante como digital influencer, possuindo ampla exposição em redes sociais e significativo número de seguidores. Em razão dessa notoriedade, qualquer informação sensível relacionada à sua vida privada — especialmente dados referentes a sua saúde e ao local em que se encontra internada — tem alto potencial de ampla disseminação pública, o que pode gerar riscos concretos à sua integridade física, emocional e à continuidade de seu tratamento", diz a petição.

O promotor de Justiça Paulo Cesar Souza Assef discordou do pedido. "A publicidade dos atos judiciais é a regra Constitucional, e nada foi apresentado nos autos que justifique o afastamento dessa regra geral", aponta.

O representante do Ministério Público também solicitou que a defesa da influenciadora se manifeste sobre a intenção de abertura de um incidente de insanidade mental.