Fábrica recicla 25 mil toneladas de plástico

Planta em Ribeirão Preto recebeu investimento de R$ 20 milhões para ampliar sua capacidade de reciclar embalagens de agroquímicos

, atualizado

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A unidade de Ribeirão Preto da Campo Limpo - empresa especializada na reciclagem de embalagens rígidas de produtos agroquímicos - atingiu em 2025 uma capacidade instalada para produzir 15 milhões de unidades por ano, retirando 25 mil toneladas de plástico do meio ambiente. A planta industrial recebeu um investimento de R$ 20 milhões e já planeja uma nova ampliação.

"Nossa fábrica em Ribeirão atende os clientes do norte de São Paulo, o Triângulo Mineiro e também a região de Campinas. O agro está crescendo nessas regiões e no Brasil como um todo. Com a agricultura em expansão, a demanda pela reciclagem também aumenta, já que o uso de produtos químicos é fundamental. O setor é uma referência mundial em logística reversa e um exemplo a ser seguido por outros países", analisa o presidente da empresa, Marcelo Okamura.

Por lei, os compradores de agroquímicos - defensivos, fungicidas, agrotóxicos e similares - são proibidos de descartar as embalagens vazias. Elas devem passar por um processo de tríplice lavagem e ser armazenadas de forma adequada e, depois, devolvidas em postos licenciados.

Esses postos são mantidos por associações de revenda e indústrias de reciclagem, como a Campo Limpo. O material é compactado e depois encaminhado para fábricas, onde é higienizado, triturado e depois transformado em um produto conhecido como resina pós-consumo.

Em Ribeirão Preto, a empresa transforma essa resina em novas embalagens. Elas retornam ao mercado por meio de grandes empresas do setor agroquímico. A planta integra a estrutura industrial da empresa, composta também pela unidade principal de Taubaté (SP), inaugurada em 2008.

Um estudo de ecoeficiência realizado pela Fundação Eco com base na produção da de embalagens recicladas para agroquímicas mostra um impacto positivo para o meio ambiente. Em comparação com a mesma quantidade de recipientes fabricados com resina virgem, a reciclagem evitou a emissão de 16,3 mil toneladas de CO2, o que corresponde ao plantio de 116,4 mil árvores. A análise também apontou que a iniciativa evitou o consumo de 826 milhões de litros de água e de 701,6 milhões de megajoules de energia.