Consórcio diz que prefeitura contratou 'pouca' fibra

, atualizado

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Representantes do Consórcio ITS, responsável pela implantação do projeto de semáforos inteligentes em Ribeirão Preto, afirmaram que a quantidade de fibra ótica contratada pela prefeitura é insuficiente para fazer a conexão do sistema. A declaração foi dada durante depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga os gastos com o sistema, que nunca funcionou.

A falta de conexão entre os equipamentos e o centro operacional da RP Mobi foi o que desencadeou o pedido de investigação.

Compareceram à oitiva Ailton Luiz Faria, representante do consórcio, e Luiz Carlos Mathias, engenheiro responsável técnico pela obra. O Consórcio ITS é formado pelas empresas Sigma Engenharia, Kapsch TrafficCom e Sitran Sinalização de Trânsito, e já recebeu cerca de R$ 20 milhões do município.

Questionados pelo presidente da CPI, Isaac Antunes, os integrantes do consórcio declararam que a parte semafórica do projeto foi totalmente concluída, mas houve problemas na infraestrutura civil, como dutos obstruídos, corredores danificados e sujos. Segundo eles, o controlador de tráfego está em pleno funcionamento, ao contrário do que afirmaram Marcelo Galli, superintendente da RPMobi, e Walter Telli, secretário de Obras.

Ailton e Luiz ressaltaram ainda que o planejamento da obra não era atribuição do consórcio, e sim da RP-MOBI e da administração municipal, e que a empresa cumpriu os prazos estabelecidos.

Encerrando a oitiva, os representantes destacaram que a execução do serviço seguiu os cronogramas oficiais e que o sistema implantado em Ribeirão Preto é o mesmo utilizado em Barcelona, Madri, Nova Iorque e outras cidades da América Latina.

O presidente da comissão, vereador Isaac Antunes (PL), informou que, nas próximas reuniões, deverão ocorrer acareações entre o atual e o ex-secretário de Obras, para esclarecer divergências entre os depoimentos já colhidos e as informações apresentadas pelo consórcio e pela empresa responsável pelo projeto.