Aluna faz xixi nas roupas após ser proibida de ir ao banheiro
Unidade da rede municipal criou regra, proibindo saídas após o intervalo; criança não foi autorizada a sair da sala de aula
, atualizado
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Uma criança de seis anos, aluna da Escola Municipal Maria Inês Vieira Machado, no bairro Ribeirão Verde, fez xixi nas roupas após ser proibida pela professora de ir ao banheiro. Segundo os pais da aluna, a educadora teria "obedecido" a uma regra criada pela diretoria, que impede a saída de alunos após o intervalo.
"Minha filha chegou da escola com outro short e eu perguntei o que houve. Ela me disse que a professora não deixou ela ir ao banheiro, porque o horário de ir ao banheiro era o do recreio. Minha filha segurou um pouco, pediu de novo, e só na aula seguinte, a professora de educação física permitiu, mas já era tarde. Não fui informada de nada", afirmou a mãe da estudante, Deigla Aparecida dos Santos.
Ainda de acordo com a aluna, o short molhado de urina foi colocado dentro da mochila da criança.
Os pais da criança procuraram a Secretaria municipal de Educação e registraram uma reclamação formal sobre o tema. Depois disso, relatam ter sofrido intimidação por parte de um gestor escolar.
"A direção, primeiro, defendeu a professora, dizendo que ela não faria algo assim com uma criança. Depois, trouxe outra professora, a que deixou quando já era tarde, pra dizer que minha filha não foi ao banheiro porque não quis. Por fim, quando meu marido começou a gravar a conversa, ele (gestor) foi extremamente grosseiro e nos pôs pra fora da sala, dizendo que não autorizava nenhuma divulgação", completou.
Secretaria diz que vai apurar o caso
A assesssoria de imprensa da Secretaria de Educação de Ribeirão Preto não comentou o caso específico da aluna, mas negou que qualquer aluno da escola tenha sido impedido de usar o banheiro na Escola Municipal Maria Inês Vieira Machado após a criação do protocolo.
A pasta informou, ainda, que foram estabelecidos horários fixos para as saídas dos alunos das salas de aula após o intervalo, por conta de depredações constantes das instalações.
"A Secretaria da Educação esclarece que não houve qualquer impedimento ao uso do banheiro na EMEF Profª Maria Inês Vieira Machado. A rotina foi reorganizada para melhor atender os alunos, devido à depredação constante das instalações sanitárias.Na última sexta-feira (19), o banheiro principal esteve fechado para manutenção em função de um cano estourado. Durante esse período, os estudantes puderam usar um outro alternativo, menor, localizado próximo à sala de informática", diz o texto.
A SME foi questionada diretamente pela reportagem sobre a denúncia registrada pela família da estudante, mas se limitou a dizer que está "apurando o caso com rigor".