Para psicóloga, chave é tratamento

, atualizado

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A psicóloga Rosângela Papa Marchi, formada pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), avalia que, em casos de dependência química, buscar apoio e tratamento é fundamental.

Sem analisar especificamente o caso de Bigodini, ela explica que quem apresenta esse tipo de dependência enfrenta um processo físico, psicológico e social. "É preciso tratar de forma integrada, e o apoio nesse momento é fator primordial", afirma.

Segundo Rosângela, a dependência química não se resume ao uso da substância em si, mas envolve mecanismos cerebrais de recompensa, dificuldade de controle dos impulsos e sofrimento emocional associado. O tratamento eficaz deve combinar acompanhamento médico, psicológico e, em muitos casos, participação da família e grupos de apoio, como forma de reconstruir vínculos e fortalecer o autocontrole.

Ela destaca ainda que o dependente passa por fases de negação e recaída, o que exige empatia e continuidade no acompanhamento: "O julgamento e o isolamento agravam o quadro. O que ajuda é o acolhimento e a persistência no tratamento. A recuperação é possível, mas requer tempo, paciência e rede de suporte."