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O Jornal Ribeirão reafirma, por meio deste editorial, seu compromisso inabalável com o jornalismo de investigação séria das mazelas da administração pública. Nossa posição política é, e sempre será, a da fiscalização rigorosa e da transparência. Que fique claro: essa postura não mudará.
O jornalismo, em sua essência institucional, possui o dever cívico e social de denunciar o que está errado. Não somos meros espectadores; somos o olho vigilante da sociedade. É nosso papel iluminar os cantos escuros, questionar o poder e dar voz aos fatos, por mais incômodos que sejam.
De rachadinhas no Legislativo até a nomeação em nepotismo cruzado no Executivo, tudo que tem impacto n administração pública está no nosso radar. Com ou sem choro dos gestores da ocasião, seguimos firmes nesse propósito, embora saibamos que o caminho é árduo.
Contudo, nossa responsabilidade não se esgota na denúncia. O jornalismo de qualidade, aquele que é verdadeiramente útil à comunidade, deve também fornecer alternativas e abrir caminhos para a solução. É com esse espírito construtivo que abordamos temas complexos.
Exemplo disso é a recente entrevista com o presidente da OAB, Alexandre Silveira, em nossa "Entrevista de Quinta". Ao trazer à luz as denúncias sobre advogados comissionados e o possível exercício irregular da profissão ou advocacia administrativa, o Jornal Ribeirão não apenas denunciou uma potencial irregularidade. Fomos além: oferecemos à administração pública uma possibilidade concreta de controle, uma ferramenta para coibir práticas ilícitas e reafirmar a legalidade.
É preciso ser corajoso para encarar o poder e responsável para oferecer soluções viáveis. O Jornal Ribeirão se orgulha de personificar essa dupla característica: coragem para expor a verdade e responsabilidade para apontar o rumo.
É nossa convicção que o bom debate público se constrói com a exposição dos fatos (os ruins e os bons), o questionamento das falhas e a apresentação de propostas. Nosso trabalho continuará sendo o de equilibrar a força da denúncia com a sensatez da proposição.
Em última análise, as páginas deste jornal são um espelho da sociedade que cobramos e, ao mesmo tempo, um farol que tenta iluminar o caminho para a cidade que almejamos. Nossa fiscalização não é um fim em si mesma, mas um meio para alcançar uma administração pública mais ética, eficiente e justa.
Acreditamos na força da informação para aprimorar, e é com essa missão que seguiremos em frente, dia após dia, sem recuar do nosso dever fundamental.