Inteligência artificial dicas para usar a tecnologia com responsabilidade nos investimentos

Especialistas alertam que ferramenta não pode ser única fonte consultada para planejar a vida financeira

, atualizado

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Na hora de decidir onde e como aplicar o dinheiro, muitas pessoas recorrem à ajuda de ferramentas de inteligência artificial. No entanto, especialistas alertam que depender apenas de prompts prontos de IA como fonte para organizar a vida financeira pode levar a decisões superficiais e até arriscadas, se não houver uma análise personalizada do perfil e objetivos pessoais.

"O acesso a informações sobre investimentos nunca foi tão amplo, mas é justamente aí que mora o perigo, afinal, as respostas prontas não levam em conta aspectos essenciais da vida de cada indivíduo. É importante lembrar que planejamento financeiro é um trabalho humano, que envolve entender quais os sonhos e metas desejam ser alcançados para então definir o melhor caminho a seguir", explica o consultor financeiro Philippe Enke Mathieu, especialista em Inteligência Financeira.

Ter esse cuidado é ainda mais importante diante do avanço do mercado de capitais no Brasil, que mostra um número crescente de aplicações. Em agosto desse ano, o volume aplicado por investidores pessoas físicas chegou a R$ 7,9 trilhões, alta de 6,8% na comparação com dezembro de 2024. Os dados são da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercado Financeiro e de Capitais) e referem-se às aplicações de clientes do varejo (tanto tradicional como alta renda) e do private (segmento com clientes que têm mais de R$ 5 milhões investidos).

Portanto, o especialista orienta que a IA pode ser uma aliada ao organizar dados, simular cenários e até apoiar no acompanhamento de carteiras, mas jamais substitui a etapa fundamental de diagnóstico e planejamento. "Sem esse cuidado, o investidor corre o risco de seguir uma recomendação que parece promissora no curto prazo, mas que pode comprometer sua segurança financeira no futuro", reforça Mathieu.