Vítima teve que pagar duas vezes os impostos e taxas

, atualizado

Compartilhar notícia

Um dos atingidos pelo golpe foi Cezar Spagnul. Ele tomou conhecimento da situação em junho de 2025, logo depois da morte do irmão, de quem é único herdeiro.

Marcelo Spagnul, o irmão falecido, havia adquirido, em 2020, a totalidade de um imóvel herdado dos pais, pagando R$ 5.699,56 em taxas cartorárias para registro da escritura, valor quitado diretamente a um funcionário do cartório, que forneceu recibo. Após a morte, ao tentar abrir o inventário, Cezar descobriu que nem o inventário da mãe nem a compra e venda haviam sido registrados, mantendo o imóvel em situação irregular.

"Achei que estava tudo certo. Foi ai que me disseram que ele não tinha registrado e acabou ficando com o dinheiro", disse. Após meses de tentativas frustradas de solução, a família foi informada de que o funcionário estaria envolvido em golpes e responde por estelionato. Sem alternativa, Cezar teve de pagar novamente mais de R$ 7 mil em taxas, além de sofrer multa por atraso no inventário.

O caso agora é levado à Justiça, com pedido de indenização e responsabilização do cartório. "Espero que consiga a restituição dos valores que paguei a mais. Perdi a venda da casa e tive que pedir dinheiro emprestado para conseguir resolver o problema", disse.