"Olhos nos olhos' de Lula com Ricardo incomoda Marco Aurélio
Planejamento terá que provar que é capaz de conduzir Projetos com Recursos da União sem o corpo mole que fez em realação ao Instituto Federal
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ENTRELINHAS DOS PODERES 68º Edição - Paulo Sartre, por Ângelo Lopes MTb 0097820/SP
PLANEJAMENTO/IFS
Após a matéria do Jornal Ribeirão sobre os problemas envolvendo o IFS, agentes da Secretaria de Planejamento entraram em estado de alerta — principalmente após o anúncio da liberação de R$ 1,1 bilhão para a Via Leste-Oeste. Em reunião, todos entenderam o recado e correm agora para reduzir os prejuízos do Projeto IFS, evitando a impressão de que a pasta não conduz adequadamente projetos com recursos da União.
OLHOS NOS OLHOS
Ricardo Silva, em novo vídeo, foi enfático ao divulgar a liberação da verba pelo Governo Federal. No discurso, destacou o papel do presidente Lula e agradeceu de forma entusiasmada, o que, segundo aliados, emocionou o petista. A postura foi diferente da adotada em outra ocasião, quando anunciou recursos federais para obras de infraestrutura em acampamentos de trabalhadores assentados.
RECURSOS 2026
O Governo Federal decidiu investir pesado na região de Ribeirão Preto. Além do Projeto de Mobilidade Leste-Oeste, estão previstos investimentos no Minha Casa, Minha Vida faixa 1, em infraestrutura de assentamentos rurais e, segundo fontes, em áreas de Cultura, Esporte e Segurança (GCM). A estratégia faz parte de uma política mais firme de atuação no interior paulista, mirando o fortalecimento do PT nas eleições estaduais e federais de 2026.
VALE TUDO
Marco Aurélio foi às redes sociais criticar a ação do Governo Federal e a proximidade de Ricardo Silva com Lula. Enfatizou o valor do empréstimo, como se não fosse prioridade obras às regiões Leste e Oeste, quando outras regiões já contempladas em etapas anteriores do Projeto de Mobilidade.
LAUDO AVCB
O vereador Franco não foi tão “franco” na última sessão do ano ao tratar do PL de sua autoria que suspende eventos no Parque Permanente de Exposições até a obtenção do laudo do Corpo de Bombeiros. Uma manobra levou o projeto à pauta, mas sem parecer da CCJ — comissão presidida por ele mesmo. O movimento teve tom de aviso ao Executivo, em protesto à falta de cotas de ingressos aos vereadores da base em eventos promovidos pela Prefeitura, como no Theatro Pedro II, Teatro Municipal e Arena.
TICKET OUT
A reclamação de Franco Ferro, em nome da base governista, é que os vereadores não vêm sendo contemplados e precisam “pedir favores” a agentes do Executivo. O gesto é simbólico, pois o PL poderia criar obstáculos para eventos como o Rodeio 2026, que tradicionalmente ocorre no local sempre sem AVCB. O tema já chegou ao MPE-SP, que avalia cobrar providências do Executivo. Nenhum vereador se manifestou sobre a ausência do laudo, mas alguns já preparavam votos contrários para defender setores que dependem do espaço para realização de eventos, como vereador Gasparini.
MARISTA SEGUE
Tudo indica que, no início do próximo ano, o projeto de permuta entre a Prefeitura e o Colégio Marista — envolvendo o terreno do Jardim Botânico — voltará à pauta. O vice-prefeito Alessandro Maraca conduz o assunto e, segundo assessores, ficou entusiasmado com os novos laudos de avaliação. Ele tem sondado veículos de imprensa para divulgar gradualmente a “boa nova”, buscando reduzir resistências na Câmara à proposta de troca “ganha-ganha”.
SEM SIMPATIA
Na Câmara, porém, o clima com Maraca não é dos melhores — até mesmo entre vereadores do seu próprio partido há resistência. A falta de informações sobre o PL da troca de imóveis e o tempo em que o projeto ficou parado sem defesa dele e falta de informações geraram fissuras na base. A oposição, por sua vez, já se mobiliza e critica a insistência do vice-prefeito em não realizar nova avaliação com engenheiro perito. “A ver, no ano que vem”.
DEU A LETRA
A recente denúncia do MPE-SP contra o empresário Hagara Espresola, o “Pão de Queijo”, feita pelo promotor Paulo César Souza Assef, deixou claro que sua possível candidatura em 2028 pode estar ameaçada. A denúncia, que pode torná-lo réu por suposto crime contra agentes da Vigilância, levanta questões relacionadas ao Código Penal, à Lei da Ficha Limpa e afasta a possibilidade de acordo de não persecução penal. Terá sido um recado?