Comissão de Ética propõe 180 dias de Gancho para Bigodini

O Relator da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar que processa o vereador Bigodini concluiu, nesta tarde que após análise dos fatos e argumentos jurídicos, que as sanções de censura ou suspensão de prerrogativas regimentais seriam insuficientes para a gravidade do caso envolvendo o vereador Bigodini. Por outro lado, a perda de mandato foi considerada medida exagerada e desproporcional, já que não ficou comprovado dolo funcional ou violação direta de dever parlamentar.

O Relator Vila Abranches, propôs a suspensão do exercício do mandato do vereador por seis meses (180 dias), conforme previsto no artigo 10, inciso terceiro, da resolução 206/2011. Durante o período, Bigodini terá seus subsídios suspensos, mas manterá seus direitos políticos e o vínculo parlamentar. Segundo Vila Abranches a medida é justificada como justa e necessária para reafirmar o dever ético do cargo e o compromisso institucional de preservação da imagem do poder legislativo. Segundo o relatório, a penalidade busca não só punir, mas também educar, destacando os princípios de proporcionalidade, razoabilidade e finalidade pública.

A Comissão de Ética vai formalizar a aplicação da suspensão, enquanto a Secretaria da Câmara ficará responsável por notificar o vereador da decisão tomada pelo conselho que aprovou o relatório do relator. Relatório final será encaminhado para deliberação em Plenário.

Segundo Policia Civil Bigodini mentiu
O veículo em que o vereador Bigodini estava acompanhado de sua namorada, Isabela de Cássia, colidiu contra uma árvore na Avenida do Café na madrugada de 28 de setembro. Divergências entre os relatos da Polícia Civil e da Polícia Militar geraram suspeitas de possível fraude processual.
Bigodini afirmou que a namorada, que não possuía habilitação, conduzia o carro no momento do acidente. No entanto, um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o parlamentar sentado no banco do motorista logo após a colisão.