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CLIMÃO EXECUTIVO
Fotos de uma reunião entre membros do MDB, da Fundação Theatro Pedro II e o vice-prefeito Alessandro Maraca (MDB) circularam nas redes sociais. Em uma das imagens, a presidente da Fundação, Flávia Chiarello, aparece com semblante nada satisfeito; em outra, o vice-prefeito Maraca surge visivelmente apático. A semana não foi das melhores para ele: perdeu espaço físico — literalmente — e precisou deslocar a mesa de um integrante de sua equipe do Centro Administrativo. Em compensação, garantiu um cargo estratégico de MUITA confiança na Secretaria da Cidadania.
CLIMÃO LEGISLATIVO
Tensão no plenário. A sessão que aprovou a abertura do processo disciplinar contra o vereador Bigodini deixou o ar pesado. Igor Oliveira (MDB) tentou articular uma maioria para arquivar o pedido, mas não conseguiu votos suficientes. Todos os vereadores acabaram apoiando a abertura do processo.
INFLUÊNCIA
Não é novidade — nem surpresa — ouvir que vereadores escapam de "maus-feitos" com ajuda de mãos influentes. Na política local, é recorrente o pedido de "ajustes" a autoridades para aliviar colegas em apuros. Há registros de interferências em casos que envolvem bafômetros, confusões em unidades de pronto atendimento, capotamentos e até acidentes noturnos atribuídos a assessores que acompanhavam parlamentares em locais de reputação duvidosa.
CASO BIGODINI
O episódio levanta uma questão incômoda: até quando autoridades continuarão dispostas a "quebrar galhos" em boletins que envolvem vereadores? O caso preocupa tanto a polícia quanto o meio político. Afinal, quem pediu — e quem ofereceu — a "mãozinha"?
CONSELHO DE ÉTICA
Importante lembrar: o Conselho de Ética da Câmara não processa vereadores — apenas estrutura a banca processante, conforme o Decreto-Lei nº 201/1967. O presidente do Conselho, Diácono Ramos (UB), não dominava completamente o rito. Melhor reconhecer a falha do que sustentar que foi induzido ao erro.
10 MINUTOS
Esse foi o tempo que o Conselho precisou para nomear o vereador Jean Corauci (PSD) como relator. A pressa em abrir e encerrar a sessão teve um motivo: evitar que o autor do pedido de cassação, Rodrigo Leone, questionasse a escolha — feita por nomeação, e não por sorteio.
SAIA JUSTA
Entre os membros do Conselho, o clima é de desconforto. Três respondem a procedimentos no Ministério Público e um na Polícia Federal. O único isento é o presidente, novato, em seu primeiro mandato e com menos de um ano na função.
MUITA CALMA
Do mesmo partido de Bigodini, Igor Oliveira (MDB) tenta construir uma alternativa à cassação: a suspensão temporária do mandato. A ideia, que começou restrita ao MDB, começa a ganhar simpatia em outras bancadas.
XIXI NA ESCOLA
O caso do "protocolo do xixi" na EMEF Maria Inês Vieira ainda repercute. Uma funcionária terceirizada foi demitida e acusa abuso moral contra alunos, além de assédio moral e psicológico contra ela própria. Também aponta desvio de função entre terceirizados. Mães relatam coação e novos casos de assédio com boletins registrados. A gestão da escola está sob investigação do Ministério Público Estadual.
VOTO ESTRANHO
O Executivo vetou parcialmente o PLC 33/2025, que trata da reorganização administrativa. Na votação, os vereadores Paulo Modas, Rangel Scandiuzzi (PSD) e Daniel Gobbi (PP) surpreenderam ao apoiar a derrubada do veto. Duda Hidalgo e Judeti Zilli (PT) acompanharam os "rebeldes". Resultado: 14×5 — suficiente para levantar dúvidas sobre o humor da base governista.