Unindo forças pelo futuro: as parcerias para uma Ribeirão Preto Sustentável
Os desafios ambientais e urbanos de uma cidade do porte de Ribeirão Preto são complexos demais para serem solucionados por um único agente.
, atualizado
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A ideia de que poder público e iniciativa privada são lados opostos de uma equação está ultrapassada. O futuro das cidades inteligentes e sustentáveis reside justamente na capacidade de unir forças, e as Parcerias Público-Privadas (PPPs) são a ferramenta mais eficaz para isso.
Uma PPP bem estruturada combina o melhor dos dois mundos: a visão de interesse público e a escala do governo com a agilidade, a inovação tecnológica e a capacidade de investimento do setor privado. O objetivo não é simplesmente transferir uma responsabilidade, mas somar competências para entregar um serviço melhor à população, gerando benefícios ambientais e econômicos simultaneamente.
Em Ribeirão Preto, exemplos e potenciais claros de onde essas parcerias podem florescer:
1. Modernização da Iluminação Pública:
A substituição de lâmpadas antigas por tecnologia LED é um caso clássico. Uma parceria plena, com metas claras, pode viabilizar a troca em toda a cidade de forma rápida, algo que seria lento e caro para o município fazer sozinho. O resultado? Uma drástica redução no consumo de energia, o que alivia os cofres públicos e diminui a pegada de carbono da cidade. A própria economia gerada na conta de luz pode remunerar o parceiro privado, criando um modelo vantajoso para todos. Já temos em RP, mas devemos acelerar.
2. Gestão de Resíduos e Economia Circular:
Imagine uma parceria para construir e operar uma central de triagem moderna ou até uma usina de biometano, que transforma lixo orgânico em gás combustível. São projetos de alto investimento que o setor privado pode bancar, trazendo tecnologia de ponta para aumentar radicalmente nossos índices de reciclagem e reduzir o volume enviado para aterros.
3. Revitalização de Espaços Públicos:
A adoção de praças e parques por empresas é um modelo de PPP que já vemos em menor escala. Essa colaboração pode ser expandida para a revitalização completa de grandes áreas verdes, como o Morro de São Bento ou o Parque Maurílio Biagi, garantindo sua manutenção e segurança em troca de contrapartidas, como a gestão de espaços para eventos ou quiosques. Podemos tomar como exemplo o Parque do Ibirapuera em SP.
O sucesso dessas iniciativas depende de regras claras, metas bem definidas e, acima de tudo, transparência e fiscalização rigorosa por parte do poder público. O foco deve ser sempre o benefício para o cidadão.
Para Ribeirão Preto dar um salto em direção a um desenvolvimento verdadeiramente sustentável, é preciso pensar de forma colaborativa. As Parcerias Público-Privadas não são a única solução, mas são um caminho inteligente e pragmático para tirar grandes projetos do papel, transformando desafios em oportunidades de crescimento econômico e qualidade de vida para todos.