Diplomatas indígenas relatam experiência em negociações da COP30
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O termo kuntari katu, original das línguas indígenas nheengatu e tupi, significa "aquele que fala bem". Na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, que registrou a maior participação de povos originários e comunidades tradicionais da história desses eventos, jovens indígenas não apenas ocuparam as mobilizações de rua e os eventos de debate espalhados pela cidade, mas também participam diretamente das complexas negociações diplomáticas internacionais ainda em curso.
Esse processo foi possível graças a um programa de formação desenvolvido numa parceria entre os ministérios dos Povos Indígenas (MPI), das Relações Exteriores (MRE) e o Instituto Rio Branco, este último responsável pela formação de diplomatas brasileiros. Batizado justamente de Kuntari Katu, o curso durou mais de um ano e preparou 30 jovens indígenas, de todas as regiões do país, com uma sólida formação para atuar no processo de negociação da COP30, que termina nesta sexta-feira (21). A reportagem da Agência Brasil conversou com três desses diplomatas indígenas, nos corredores da Zona Azul, a área oficial de negociações.