Mutirão
Sofia, Georgia e André integram o mutirão das MiniCops, um movimento criado pela presidência da COP30 para que as crianças pudessem participar ativamente do processo multilateral.
A proposta partiu da organização social para infância Instituto Alana e foi recebida na estrutura do Balanço Ético Global, de participação social na conferência.
A gente está honrando com um compromisso que a presidência brasileira da COP30 tem cumprido de fazer o processo de escuta ao longo de um ano inteiro e de trazer as vozes das crianças para este espaço. Não apenas para uma foto, mas realmente com representatividade e participação no processo, diz o gestor de Natureza do Instituto Alana, JP Amaral.
Na prática, os pequenos atuam por meio de uma constituinte de crianças e adolescentes liderada pela campeã da juventude para a COP30, Marcele Oliveira. A participação já apresenta resultados nos processos de tomada de decisões.
Um estudo desenvolvido pela organização analisou as menções sobre a infância em todos os compromissos resultantes das COPs e concluiu que até a COP16, apenas duas vezes as crianças haviam sido consideradas para alguma decisão.
Nos últimos seis anos a gente teve 77 menções. Isso mostra como o tema tem avançado e cada vez mais com menções estratégicas trazendo textos de negociações que impactam a vida das crianças, explica Amaral.
Por outro lado, tanto a campeã climática da juventude quanto o gestor do Instituto Alana acreditam que ainda é necessário avançar.
O que a gente espera para essa COP nas negociações é que, de fato, tenha um texto que coloque as crianças como consideração primordial, que até a linguagem, como está na Convenção dos Direitos das Crianças sejam reconhecidas de forma transversal em todas as decisões que saírem. De transição justa, a questão de gênero e dos indicadores de adaptação, conclui.