Ativistas protestam por transição justa e financiamento climático
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No segundo dia de reuniões da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, nesta terça-feira (11), um grupo de ativistas ligados à Climate Action Network (CAN) protestou nos corredores da zona azul, onde ocorrem as negociações diplomáticas, para pedir a criação de um instrumento multilateral que impulsione ações sobre a chamada transição justa.
O instrumento multilateral, que vem sendo chamado Mecanismo de Ação de Belém ( do inglês BAM), teria como atribuições coordenar esforços, estabelecer uma linguagem comum, compartilhar conhecimentos e facilitar o acesso a financiamento e tecnologia, sempre com base em princípios de direitos humanos, equidade e inclusão.
Kevin Vctor Buckland, da CAN, que participa da conferência desde a COP12, em Copenhague, na Dinamarca, entende que, embora os textos e as negociações avancem, as ações não têm avançado.
"O financiamento que foi prometido há anos ainda não foi pago. Os países ricos continuam se escondendo atrás do discurso de 'falta de dinheiro', enquanto o número de milionários e bilionários cresce em todo o mundo. O problema não é a falta de recursos é a falta de justiça", aponta.
A entidade articula uma rede global de mais de 1,9 mil organizações da sociedade civil em mais de 130 países, que trabalham juntas para combater a crise climática.
"Aqui na COP, com a demanda por uma transição justa, estamos exigindo que aqueles que causaram a crise climática paguem suas dívidas históricas. Que os indivíduos e empresas que lucram com a crise paguem sua parte justa, e que esse dinheiro seja usado para apoiar as comunidades da linha de frente as que mais sofrem, apesar de terem contribuído menos para o problema", reforça.
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