Governos do RJ e federal discutem formas de reduzir entrada de armas

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Governos do RJ e federal discutem formas de reduzir entrada de armas
Governos do RJ e federal discutem formas de reduzir entrada de armas - Foto: Agência Brasil
Governos do RJ e federal discutem formas de reduzir entrada de armas - Foto: Agência Brasil

O secretário de segurança pública do estado do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, e o secretário nacional de segurança pública, Mário Sarrubbo, discutiram nesta terça-feira (4), na capital fluminense, formas de reduzir a entrada de armas no estado e fortalecer a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Fico), que passará a contar com novos analistas para ampliar sua capacidade operacional.

O encontro marcou a primeira reunião presencial do Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado, que vai coordenar ações integradas entre as forças de segurança estaduais e federais para enfrentar facções que atuam em diferentes regiões do país.

A reunião ocorreu uma semana após a Operação Contenção, que se tornou a mais letal da história do estado, com 121 mortos, sendo 117 civis e quatro policiais. A ação contra o Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio, também efetuou 113 prisões, sendo 93 em flagrante e 20 por cumprimento de mandados.

As reuniões do escritório emergencial seguirão ocorrendo de forma virtual duas vezes por semana, garantindo acompanhamento constante e transparência na execução das ações conjuntas.

Tratamos de temas essenciais para o Rio de Janeiro e já temos outras reuniões programadas para os próximos dias. Foi criado um grupo técnico para garantir que todas as ações e entregas ocorram de forma ágil e eficiente. Foi um encontro muito produtivo, avaliou o secretário do Rio de Janeiro, Victor dos Santos.

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O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, falou da importância de uma resposta articulada entre os estados.

A entrada de armas no Rio de Janeiro vem de vários pontos do país e do exterior, portanto, é necessário o envolvimento de toda a nação. Vamos chamar o Brasil para este diálogo. Tenho certeza de que teremos respostas eficientes e desestruturantes para a criminalidade, afirmou.

Também foram debatidos mecanismos de financiamento para futuras operações integradas e o avanço do Plano de Retomada de Território, que busca restabelecer a presença do Estado em áreas dominadas por facções criminosas, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

O Rio pode vencer batalhas sozinho, mas não a guerra. O enfrentamento ao crime organizado precisa ser nacional, porque esses grupos atuam em todo o país. Essa parceria entre o estado e o governo federal é fundamental para enfraquecer essas organizações e proteger a população, afirmou na quarta-feira passada (29) o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, quando anunciou a criação do escritório ao lado do ministro da justiça e segurança pública, Ricardo Lewandowski.