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Eu acredito que tudo de mais interessante, tudo de novo, tudo de ousado, tudo com potência de mudar a sociedade brasileira, vem das periferias, vem das quebradas, disse a escritora Ana Maria Gonçalves.
O discurso dela, a primeira mulher negra eleita como imortal na Academia Brasileira de Letras (ABL), abriu a formatura da Universidade das Quebradas, nessa terça-feira (14), no Rio de Janeiro.
A fala tocou os 46 formandos que estiveram na solenidade no Teatro Raimundo Magalhães Jr, na sede da ABL. Entre eles, Ismael Queiroz Dias, 29 anos, que se identifica como indígena, negro, causasiano. O jovem escritor é da cidade de Niterói, mas diz que, pela sua história é, na verdade, de muitas partes do Brasil.
Ele tinha certo receio em relação ao curso por receber também escritores já publicados como ele, que lançou em 2022 seu primeiro livro, uma coletânea de contos sobre milicianos do Rio chamado A Cidade Maravilhosa dos Milicianos: Compêndio Poético. No entanto, encontrou um ambiente de aprendizado potente e de companheirismo.