Renata Ruggiero destacou ainda a qualidade de vida como elemento necessário para a construção de um território mais sustentável, a fim de que as pessoas tenham possibilidade de ter hábitos mais saudáveis e viver de forma mais integrada, por meio de iniciativas no campo da saúde e do esporte.
O bairro de Presidente Altino, localizado na divisa entre a capital paulista e Osasco, foi selecionado para aplicação de uma estratégia social, conduzida pelo instituto, com foco em cidades e comunidades sustentáveis, a partir de uma ampla coalizão territorial. O projeto prevê, além do Instituto Motiva, a mobilização de empresas e organizações da sociedade civil que estão no território, além do poder público e da população local.
A ideia é que esse processo todo, desde o início como fazer, como mobilizar, como organizar, como ter uma governança ao longo do tempo , possa ser sistematizado para contribuir com a formulação de políticas públicas para a área das cidades, contou Renata sobre o desenvolvimento de uma metodologia de urbanismo social no bairro paulistano.
Em parceria com Centro de Estudos das Cidades Laboratório Arq.Futuro, o processo será todo sistematizado, com o objetivo de ser um modelo.
É um caminho que pode ser replicado para tantos outros territórios e que envolve todos os atores. O problema é que, muitas vezes, as transformações e os impactos são menores, localizados e menos potentes porque não têm articulação entre vários agentes, disse Renata.
Além dos benefícios locais, a proposta é que a metodologia possa influenciar a formulação de políticas públicas para cidades. Esse projeto de inovação social, essa coalizão territorial que vamos começar, tem esse objetivo de implementação de ações e de iniciativas ali para o território, que ao longo do tempo vão contribuir com o desenvolvimento local, mas ele tem também essa visão maior.
Ao todo, 20 territórios entre cidades e comunidades foram selecionados pela instituição para receber ações que visam à promoção de espaços mais sustentáveis, divididos pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Paraná e Mato Grosso do Sul. Os locais serão submetidos, inicialmente, a um diagnóstico, e haverá a elaboração de planos de desenvolvimento territorial específicos.