Abertura do CineBH homenageia Carlos Francisco, com sala lotada
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Mais de mil pessoas lotaram o Cine Theatro Brazil, em Belo Horizonte, na noite desta terça-feira (23), para a abertura da 19ª edição do CineBH, evento que marca a cena audiovisual brasileira e internacional na capital mineira.
O ator Carlos Francisco foi o grande homenageado da edição e recebeu o reconhecimento emocionado diante da plateia. O CineBH vai até domingo (28).
A sessão de abertura exibiu o filme O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, no qual Carlos Francisco interpreta um projecionista de cinema que se envolve em uma trama vivida pelo personagem de Wagner Moura.
O longa tem colecionado prêmios em festivais internacionais e foi recentemente exibido em Cannes, onde conquistou melhor direção para Mendonça e melhor ator para Moura.
Às lágrimas, o homenageado agradeceu o carinho e relembrou suas origens.
Sou um quilombola de formação oral e uma homenagem dessas me mostra que deu pra aprender direitinho, disse Carlos.
Ele recordou ainda da tia que o levou ao teatro pela primeira vez, experiência que despertou o desejo de se tornar ator: Isso é um estímulo para continuar fazendo.
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Trajetória
Mineiro de Belo Horizonte, Carlos Francisco construiu carreira sólida principalmente no teatro, integrando o Grupo Folias, em São Paulo. No cinema, seu talento ganhou projeção nacional e internacional em títulos como Arábia (2017), No Coração do Mundo (2019), Marte Um (2022) que lhe rendeu o Grande Otelo de Melhor Ator e Suçuarana (2024), vencedor de diversos prêmios no Festival de Brasília.
Em entrevista à Agência Brasil, o ator destacou a importância de ser homenageado em sua cidade natal:
O cinema possibilitou que eu fosse visto. E esse reconhecimento por uma produtora mineira, que embora dialogue com o mundo é de Belo Horizonte, me honra e me deixa muito feliz. Estar aqui com familiares e amigos torna essa homenagem ainda mais especial.
Momento atual
Carlos Francisco vive uma fase de intensa produção. Além de O Agente Secreto, ele está em cartaz com Suçuarana, de Clarissa Campolina e Sérgio Borges, e segue participando de projetos com jovens cineastas e nomes já consagrados do audiovisual brasileiro.
Ele ressalta, no entanto, a necessidade de ampliar o alcance do cinema nacional:
O que falta para o cinema brasileiro é ser visto pelos brasileiros. Precisamos de mais salas de exibição, de cinemas de rua e até de cinemas públicos que acolham nossas produções autorais.