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No Samba na Gamboa deste domingo (21), às 13h, na TV Brasil, a apresentadora Teresa Cristina bate um papo com o cantor e compositor Marquinho China. A edição inédita do programa traz o artista que foi formado no Cacique de Ramos e vem à produção do canal público para falar de um importante subgênero do samba, o samba de terreiro.
Durante a atração, o convidado e a anfitriã interpretam clássicos de grandes ícones da música popular. Com repertório de pérolas do cancioneiro nacional, o repertório inclui músicas como Amor Aventureiro, de Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira; Chega de Demanda, de Cartola; Linda Borboleta, de Monarco e Paulo da Portela; e Recado, de Paulinho da Viola e Casquinha.
Atração original da TV Brasil, o Samba na Gamboa pode ser acompanhado em tempo real no YouTube da emissora pública e no app TV Brasil Play. Com janela alternativa na tevê aos sábados, às 23h, o conteúdo ainda é transmitido na Rádio Nacional, aos sábados, mais cedo, ao meio-dia, para toda a rede.
Teresa Cristina e Marquinho China conversam sobre o conceito do samba de terreiro.
"A definição é tão difícil quanto a do próprio samba. O improviso é marca do samba de terreiro. É um espaço que vai agregar e sociabilizar as pessoas. Vai mantê-las unidas sob o ponto de vista cultural", resume o bamba.
Durante a conversa, Marquinhos China aprofunda essa reflexão. "Geralmente, o enredo do samba de terreiro fala sobre a escola (de samba). Hoje eu sei porque sou um dos antigos, mas já fui novo e perguntava para quem veio antes. O tema era esse com a exaltação à própria escola, mas também abordava desilusão e o dia a dia", comenta o músico.
Professor de história, Oficial de Justiça e psicanalista, o cantor e compositor Marquinho China é multifacetado. Cria da geração do Cacique de Ramos que transformou o samba, o artista teve uma jornada musical em que conviveu com personalidades como Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Almir Guineto na gênese desse novo formato do gênero. Algumas de suas obras foram gravadas por Beth Carvalho.
O apelido China tem origem há mais de 40 anos, ainda na década de 1980, dado por Arlindo Cruz, porque Marquinho fechava os olhos quando ria. A alcunha pegou e ele incorporou o apelido a seu nome artístico.