Direção de escola muda regra e libera ida de criança ao banheiro

Decisão ocorre depois do Jornal Ribeirão denunciar que criança de 6 anos impedida de sair da sala fez xixi nas calças

, atualizado

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A direção da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Inês Vieira Machado revogou um comunicado, emitido pela própria escola, que proibia a saída de alunos para o uso de banheiros durante as aulas. A medida foi adotada depois que o Jornal Ribeirão noticiou o caso de uma criança de seis anos que urinou nas calças dentro da sala após ser impedida de usar o banheiro na escola. O caso ororreu em meados de setembro.

Segundo a família, a menina pediu permissão duas vezes no início da aula seguinte ao recreio, mas foi informada de que o uso do banheiro deveria ser feito apenas no intervalo. Colegas ajudaram a criança, e a escola forneceu uma peça de roupa, sem, contudo, avisar a família sobre o ocorrido.

Segundo a unidade escolar, após a publicação da matéria houve uma convocação do Conselho de Escola, que deliberou pela revogação do comunicado restritivo. O Conselho determinou ainda a implementação de projetos pedagógicos para conscientizar os alunos sobre a conservação e o uso adequado dos espaços e garantiu autonomia aos professores para que organizem a rotina de acesso ao banheiro.

"Durante a reunião, todas as dúvidas foram respondidas, a nota foi revogada. Além disso, cada docente passou a organizar sua própria rotina para o encaminhamento dos alunos ao banheiro", afirmou o diretor Geremias Franco Carniel Rigobello.

A Secretaria da Educação informou que identificou problemas na escola e que tem atuado para resolver as questões. Disse, ainda, que monitora a questão dos banheiros.

MAIS DENÚNCIA

Além da questão dos banheiros, a Secretaria de Educação apura uma denúncia feita por uma mãe de aluno diagnosticado com hiperatividade, que afirmou ter sido ameaçada, de forma reiterada, pela direção. O diretor teria ameaçado acionar o Conselho Tutelar contra o filho como forma de coação.

O diretor disse que a família foi acolhida e que trabalha em parceria com o estudante e seus parentes para resolver o caso (veja mais acima).

Já a Secretaria admitiu o problema, mas informou que a pasta "segue atenta à situação, visando melhorar o ambiente educacional e o atendimento a alunos, professores e funcionários".