Usina Carolo, em Pontal, é uma das implicadas no esquema
, atualizado
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A Usina Carolo, em Pontal, praticamente dentro de Ribeirão Preto, é um dos principais alvos apontados como parte dos negócios fraudulentos, o que explica o caráter estratégico da operação do BK na cidade. As denúncias indicam que a usina foi adquirida há três anos por Mohamad Hussein Mourad, conhecido como "Primo", e por Roberto Augusto Leme da Silva, o "Beto Louco", ambos foragidos e apontados como líderes do esquema criminoso estruturado pelo PCC.
As investigações revelam ainda que eles possuem residência em área nobre de Ribeirão Preto. A Interpol incluiu a dupla na difusão vermelha, junto a outros seis suspeitos foragidos de uma megaoperação deflagrada contra o PCC.
A estratégia da executiva do PCC consistia em adquirir usinas em dificuldades financeiras, como a Carolo, para reestruturar as finanças desde 2023. Ao todo, seis usinas foram compradas nos últimos anos pelo grupo, todas na Região Metropolitana de Ribeirão Preto.
Essas unidades processam, juntas, 22 milhões de toneladas de cana por safra, o que corresponde a cerca de 2,3% da produção regional. Inicialmente, Mohamad e Silva se apresentavam como investidores ou sócios ocultos, mas, por fim, o PCC obrigava os antigos donos a transferir o controle das operações, fosse de forma negociada ou coercitiva.