GCM some à noite e fura o sinal: moradores clamam socorro, atendentes indicam PM

Apesar de mais de 1.900 atendimentos em agosto com operações diurnas contra receptação, GCM não atua efetivamente à noite é o que moradores relatam nas ligações ao 153 são sugeridas o acionamento da Policia Militar. Os números oficiais da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Ribeirão Preto revelam um cenário preocupante: furtos de cabos dos semáforos ocorrem quase 100% durante a madrugada, mas a corporação praticamente não realiza patrulhamento noturno para conter esses crimes. A contenção desta prática é zero segundo dados. Moradores que acionam o telefone 153 no período noturno relatam que, na maioria das vezes, os atendentes os orientam a procurar a Polícia Militar, evidenciando uma grave deficiência na atuação da GCM fora do horário comercial. A rede semafórica que é administrada pela RIP Mobi é patrimônio do município de Ribeirão Preto.

Segundo dados da própria GCM, nos primeiros oito meses de 2025 foram registrados 147 furtos de cabos semafóricos, totalizando mais de 5.300 metros de fios subtraídos, com prejuízo estimado em quase R$ 64 mil um aumento de 102% em relação a todo o ano de 2024. Contudo, no mesmo período, o registro de ocorrências de furto e tentativa de furto é irrisório segundo o quadro de atendimentos da Guarda — apenas um furto e nenhuma tentativa foram formalmente registrados em agosto.

Esta discrepância indica que a GCM não está conseguindo prevenir esses delitos, permitindo que criminosos atuem livremente durante a noite. A consequência é o aumento constante dos furtos, que comprometem a segurança viária e a qualidade de vida da população. Por outro lado, as operações contra a receptação desses materiais furtados — como os ferros-velhos — são realizadas rotineiramente durante o dia, em média duas a três vezes por mês. Nesses momentos, a guarda fiscaliza cerca de dez estabelecimentos por operação, checando documentação e condições legais, conforme prevê a Lei 3.165/2023 evidência atua diretamente na receptação e não em quem furta.

Esse contraste evidencia que a atuação da GCM está focada na repressão após o crime, sem conseguir coibir o furto em si. O resultado: a sensação de insegurança cresce entre os munícipes e o prejuízo financeiro à cidade, representado pelos constantes reparos nos semáforos, só aumenta.

Além das falhas no patrulhamento noturno, o descaso com a população fica evidente nas ligações para o 153. Munícipes, frustrados, relatam ao JR que o atendimento não dá suporte efetivo, indicando a Polícia Militar como alternativa no período noturno — o que aponta para um sistema de segurança pública fragmentado e pouco efetivo na esfera municipal pelo menos a noite. Enquanto isso, os furtos de semáforos continuam colocando em risco motoristas, pedestres e toda a mobilidade urbana da cidade.

A Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Ribeirão Preto registra oficialmente em agosto de 2025 um total de 1.933 atendimentos, entre rondas em escolas (400), praças (947), unidades de saúde (253) e diversos apoios a fiscalizações, flagrantes e medidas protetivas. Contudo, apesar da presença ostensiva durante o dia e das várias operações integradas, a corporação tem enfrentado críticas por sua quase inexistente atuação noturna, especialmente em relação a crimes crescentes, como o furto de cabos de semáforos — problema que afeta diretamente a segurança viária da cidade.

O advogado Lucas Gabriel Pereira, disse que a GCM some a noite enquanto os furtos de semáforos continuam colocando em risco motoristas, pedestres e toda a mobilidade urbana da cidade. Cabe à Prefeitura rever urgentemente a estrutura e o efetivo da GCM para garantir proteção plena, em especial durante a noite, quando os criminosos agem com maior liberdade.

GCM enfrenta problemas financeiros
O Jornal Ribeirão teve acesso a números do orçamento da GCM e concluiu que a corporação precisará de aporte financeiro para fechar as contas no azul, os gastos com pessoal e encargos com a folha foram bem acima do que previsto na LOA 2025 muito em razão de pagamento de horas extras (extraordinárias) no primeiro semestre do ano, consequentemente este descontrole pode estar refletindo na patrulha noturna da corporação uma vez que a hora/agente é bem mais cara que que a hora/agente diurna. O aumento dos crimes, aliado ao baixo efetivo noturno e à dificuldade em obter atendimento direto da GCM à noite, geram insatisfação e medo entre os moradores da cidade. O furto de cabos semafóricos, vital para o bom funcionamento do trânsito, representa um risco crescente para toda a população, que sofre não apenas com prejuízos financeiros, mas com perigos reais no trânsito.
A situação demanda uma revisão urgente das estratégias de policiamento noturno da GCM — reforçando efetivo, melhorando o atendimento telefônico durante a noite e ampliando a presença preventiva nas ruas. Só assim será possível conter o avanço da criminalidade, garantir a segurança dos cidadãos e assegurar que os cabos dos semáforos deixem de ser alvo fácil para os criminosos em Ribeirão Preto.

O Jornal pediu nota para o MPE - Promotoria do Patrimônio Publico e Social

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A GCM não se manifestou sobre o Patrulhamento Noturno
A GCM atendeu prontamente o Jornal Ribeirão fornecendo os dados estatísticos da corporação, no entanto não atendeu informações do patrulhamento efetivo noturno.

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