Donald Trump cala Ribeirão Preto
Autoridades, agentes públicos e políticos evitaram o assunto. Prefeitura e Câmara Municipal não se posicionam
, atualizado
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O prefeito Ricardo Silva não se manifestou até o dia de hoje sobre as medidas que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende aplicar tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil que entra em vigor a partir do dia 1º de agosto, nem mesmo sobre os inevitáveis reflexos negativos na economia da cidade e região. A Secretária da Pasta de Inovação e Desenvolvimento, Suely Vilela, e o Diretor Presidente da Coderp - Cia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto, Evaldo Aparecido Felicio não comentaram o assunto representando o Governo Municipal.
O presidente da Câmara Municipal, Isaac Antunes e presidente do PL municipal, 2º vereador mais votado na eleição de 2024, seguiu a mesma linha do prefeito, nas redes sociais, não tratou do assunto da tarifa de Trump contra o país; no entanto, prestou solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro, alvo de medidas cautelares restritivas de liberdade, na última sexta-feira, 18 e criticou ações do STF como ataques disfarçados de justiça. O ex-presidente é obrigado a se recolher no seu domicilio até as 19 horas, podendo sair as 06 horas do dia seguinte e permanecer em sua residência aos finais de semana, dias de descanso e feriados, impedido de utilizar redes sociais e monitorado por tornozeleira eletrônica.
Nenhum outro vereador líder de bancada na Câmara Municipal tratou o assunto em nome dos partidos. Entre os dez vereadores mais bem votados, Danilo Schochi (MDB), líder de votos, assim como seus colegas de partido, Igor Oliveira, Bigodini e Delegado Martinez, não se pronunciaram nas redes sobre o tema.
Vereadores oposicionistas ao governo Ricardo Silva se posicionaram discretamente. A vereadora petista Duda Hidalgo do PT tratou questões pontuais da taxação trampista de 50% e em relação ao PIX além de confrontar posições de autoridades da direita de São Paulo, Brasília. Já o vereador André Rodini publicou sequência de banners digitais explicativos sobre suas posições em relação a tarifação e as consequências. Os vereadores do PSD, partido do prefeito, situacionistas vereadores Paulo Modas e Jean Corauci, seguiram a mesma linha do prefeito.
O Presidente do Parlamento Metropolitano da Região Metropolitana, Maurício Gasparini, não se manifestou oficialmente sobre o caso, tampouco como vereador nas redes sociais.
ANÁLISE
A taxação do governo americano de 50% sobre os produtos importados do Brasil, afeta diretamente a economia de Ribeirão Preto, tem um impacto significativo na arrecadação municipal. Isso porque, ao restringir as exportações e diminuir o volume de negócios internacionais, a medida resulta em uma redução considerável na entrada de divisas e na geração de receitas para a cidade.
Esses prejuízos na arrecadação municipal têm reflexos diretos em áreas essenciais como Saúde, Educação e Assistência Social, que tem percentual fixo para piso de investimentos nas pastas restringindo a entrada e disponibilidade de recursos para investimento nesses serviços acaba sendo comprometida. O Jornal Ribeirão em sua última edição, publicou matéria sobre a taxação que tende a gerar desemprego em Ribeirão Preto, uma vez que as restrições comerciais devem impactar negativamente a atividade econômica local.
Dessa forma, a capacidade de implementar políticas públicas voltadas para os mais carentes da população também é afetada negativamente. Portanto, a taxação imposta pelo governo dos Estados Unidos não apenas restringe a economia brasileira em geral, mas também tem um impacto direto em Ribeirão Preto, prejudicando a geração de empregos e a qualidade de vida dos cidadãos, especialmente aqueles mais vulneráveis.
CEE DA TAXAÇÃO AMERICANA
Compreender os impactos das medidas pode colaborar para a previsão das possíveis retrações de mercado e também para antever medidas que possam mitigar esses impactos. Essa análise profunda é essencial para ajudar na elaboração de estratégias que visem minimizar as consequências negativas da taxação de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos. Essas medidas podem incluir a diversificação de mercados, incentivos fiscais para empresas locais, apoio a projetos de inovação e capacitação de mão de obra, entre outras ações. A antecipação desses impactos e a elaboração de planos de ação podem ser fundamentais para diminuir os efeitos negativos da taxação sobre a economia de Ribeirão Preto e do Brasil como um todo. A CEE pode inclusive requerer a Comissão de Assuntos Metropolitanos os dados econômicos dos últimos 8 anos de importações e exportações das empresas com sede na região.