Mostra de cinema questiona custos da extração mineral no país

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Mostra de cinema questiona custos da extração mineral no país
Mostra de cinema questiona custos da extração mineral no país - Foto: Agência Brasil
Mostra de cinema questiona custos da extração mineral no país - Foto: Agência Brasil

A Mostra Cinema, Mineração e Meio Ambiente, no cinema Reserva Cultural, que começa nesta quinta-feira (24), em São Paulo, exibe, até domingo (27), documentários e obras ficcionais que questionam o custo humano e ecológico da extração mineral no país.

A iniciativa, que está na terceira edição, é do Instituto Camila e Luiz Taliberti, vítimas do rompimento da barragem no Córrego do Feijão, ocorrido em janeiro de 2019, no município de Brumadinho, em Minas Gerais.

Diferentemente de outras regiões onde a mineração é protagonista na economia e na força de trabalho, São Paulo não vive o minério. Há seis anos, quando criamos o Instituto Taliberti, tomamos a decisão de ele ser na capital paulista exatamente para ampliar os horizontes desse debate, e a Mostra de Cinema tem sido fonte importante para reconhecer seus impactos, afirma Helena Taliberti, presidente da entidade.

A programação inclui  a exibição de O Silêncio das Ostras, que estreou em junho nos cinemas, e é sucesso de crítica.

Outros filmes incluídos na mostra são: O Monstro de Ferro Contra o Sul da Bahia (2025), O Maior Trem do Mundo (2019), Mar de Lama (2023), Ao Fundo (2023), Memorial Vivo (2023). O evento prevê ainda duas estreias: Suçuarana, filmado em 2024, e O Monstro de Ferro.

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As sessões também contam com bate-papo com convidados e discussões com o público. Segundo Helena Taliberti, a ideia é permitir uma imersão para além dos filmes apresentados e conhecer a motivação das histórias, os bastidores e as temáticas envolvidas nas obras. 

Essa mostra nasceu do desejo de dar visibilidade às histórias de pessoas e lugares ceifados pela mineração, que permanecem ignoradas ano após ano. O cinema é uma ferramenta poderosa de sensibilização. Nossa provocação é pela urgência de alternativas humanas e sustentáveis para a mineração que se pratica hoje, acrescenta Helena.

Todas as sessões começam às 20h. A Reserva Cultural fica na Avenida Paulista, 900, no bairro da Bela Vista.

 *Estagiário sob supervisão de Eduardo Luiz Correia