O Príncipe Hobbesiano

Brando Veiga entre a fé e razão vive sua crise de subjetividade e identidade

, atualizado

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Estado Laico
Estado Laico - Foto: art/reprodução web
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Na complexa teia do poder, as ações de Brando Veiga revelam-se como uma manifestação de uma filosofia de dominação e controle, moldada por conceitos que remetem à teoria maquiavélica do poder e ao estado de natureza hobbesiano. Para compreendermos o funcionamento do seu gabinete, é preciso analisar o papel do líder como um príncipe que busca consolidar sua autoridade através do rigor e da imposição, numa tentativa de manter a ordem e a submissão de seus súditos, ou neste caso, de suas assessoras.


Maquiavel, em "O Príncipe", advoga que a manutenção do poder muitas vezes exige ações que transcendem a moralidade convencional, adotando uma postura pragmática e, por vezes, cruel. Brando Veiga encarna esse príncipe maquiavélico ao tratar suas ‘servas’ não como colaboradoras, mas como súditas, sujeitas a seus caprichos, exigindo-lhes um tom de voz moderado, regras de aparência, vestimentas modos, conduta que reforça sua superioridade. Sua postura, que mistura autoritarismo, desdém e um senso de direito exclusivo, exemplifica a ideia maquiavélica de que o governante deve, acima de tudo, consolidar sua imagem de força e autoridade, independentemente de critérios éticos ou morais.


Por outro lado, Hobbes, em sua obra "Leviatã", apresenta uma visão do Estado como um leviatã, uma entidade poderosa que garante a paz e a ordem através do controle absoluto. A analogia do gabinete de Brando como um estado hobbesiano é evidente na forma como ele impõe leis diferentes às suas servas e a si mesmo, criando uma hierarquia de leis que favorece seus interesses. Assim como Hobbes defendia um soberano com poder absoluto para evitar o caos do estado de natureza, Brando estabelece um ambiente onde a submissão é obrigatória, e qualquer desrespeito é punido com humilhações, desprezo e sanções. Sua conduta demonstra que ele vê o seu gabinete como um “Leviatã particular”, uma entidade que ele próprio controla com mão de ferro, mantendo a ordem através do medo e da autoridade.


A sua prática de impor trabalho sem remuneração na eleição, conciliado a atividade legislativa de oficio das servas, como o uso de notas fiscais "emprestadas" e a manipulação de recursos reforçam a ideia de um governante que age como um soberano absoluto, onde as regras valem para os outros, mas não para si. Essa postura revela uma visão de poder na qual o líder é superior às leis, ao mesmo tempo em que busca legitimar suas ações através de uma fachada de moralidade, como a referência ao exemplo do pastor, que também é uma figura de autoridade religiosa.


Entretanto, a consequência dessa tirania internalizada e da repressão constante foi a desilusão e a mágoa das servas, que, ao perceberem a hipocrisia e a injustiça, buscaram proteção em instâncias superiores, com os bispos da IURD. Essa reação demonstra que, mesmo sob um governo autoritário, há limites à dominação, e que a resistência pode emergir quando o abuso se torna insustentável.


Ildebrandio Oliveira Veiga, "Príncipe Hobbesiano" revela a fragilidade do poder baseado na força e na imposição, onde o medo e a humilhação podem ser eficazes a curto prazo, mas suscetíveis à ruptura e ao vexame público quando Brando percebeu seu Estado de Poder ruir, quando precisou terceirizar a chefia e comando do seu gabinete, trouxe inimigos de outros poderes para dentro do seu gabinete.


Brando vê aliados se afastarem, Júlio Balieiro, já não recebe mais influencia do Pastor Brando Veiga na SEMAS, Júlio se tornou submisso a outro Rei, Ricardo Silva que exigiu dele obediência, fidelidade a não se submeter a influência do Pastor e de Elizeu Rocha este último adversário inoportuno do prefeito. Já os Bispos da IURD, aguardam as primeiras 72 horas, com ordens de ficarem calados para agirem sem as naturais paixões, justificativas e obviedades falíveis. Quanto a Elizeu Rocha, para IURD é apenas um profano cuja sua presença ao lado do pastor só serviu para intensificar os problemas e crise que passa Brando Veiga por consequência respingos na IURD. É um jogo de xadrez, no qual os Bispos esperam que o Pastor Brando se movimente, para não descerem as torres e cavalos para defende o Rei(IURD). 

Somente Brando Veiga, quais serão as movimentações das peças, a vez é dele afinal de contas ele tem conhecimento de seu jogo, as peças que usou e que necessitará descartar.