O Pix é nosso, my friend, diz o perfil oficial do governo brasileiro na imagem da publicação em defesa do sistema eletrônico de movimentação financeira, criado pelo Banco Central e lançado em 2020, com a justificativa de facilitar a vida dos usuários, alavancar a competitividade e, consequentemente, baixar os custos das transações bancárias para os cidadãos.
Embalado por um eletroforró identificado como Bom Dia Brasil cuja autoria a reportagem não conseguiu confirmar o texto que acompanha a imagem segue o tom.
Parece que nosso Pix vem causando um ciúme danado lá fora, viu? Tem até carta reclamando da existência do nosso sistema seguro, sigiloso e sem taxas, acrescentaram os responsáveis pela publicação, se referindo a informação de que, para as autoridades estadunidenses, com o Pix, o Brasil prejudica a competitividade de empresas de comércio digital e serviços de pagamento eletrônico.
Só que o Brasil é o quê? Soberano. E tem muito orgulho dos mais de 175 milhões de usuários do Pix, que já é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, sustenta a publicação, finalizando com uma provocação: Nada de mexer com o que tá funcionando, ok?.
Em pouco mais de três horas, a postagem no Instagram recebeu quase 100 mil curtidas e muitos comentários.
Trump conseguiu finalmente unir o Brasil inteiro (contra ele), escreveu um usuário. Mexeu com o Pix, mexeu com o povo [brasileiro], apontou outra. É nosso e é grátis, acrescentou outra pessoa. Já, já, Trump vai querer tirar as festas juninas, o desfile de escolas de samba, o carnaval e o Réveillon do Brasil.
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Mais cedo, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil AP), e da Câmara dos Deputados, Davi Alcolumbre (União Brasil AP), Hugo Motta [Republicanos-PB], já tinham assegurado que o Congresso Nacional também está unido contra o que Alcolumbre classificou como uma agressão por parte do governo dos Estados Unidos.
Neste momento de agressão ao Brasil e aos brasileiros, que não é correta, temos que ter firmeza, resiliência e tratar com serenidade esta relação, buscando estreitar os laços e fazer as coisas acontecerem, comentou o presidente do Senado.
Estamos prontos para estar na retaguarda do Poder Executivo. Para que, nas decisões que necessitarem da ação do Parlamento, possamos agir com rapidez e agilidade, acrescentou Motta.