Procon lança cartilha sobre direitos do consumidor para refugiados
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Uma cartilha e um conjunto de cinco folders lançados hoje (23) pelo Procon-SP pretendem orientar refugiados e migrantes que vivem no Brasil sobre seus direitos como consumidor. A ação faz parte das celebrações pelo Dia do Imigrante, comemorado no próximo dia 25 de junho.
O material foi elaborado em português e traduzido para outros cinco idiomas: árabe, espanhol, francês, inglês e persa.
“Essa é uma cartilha que trata de direitos fundamentais do consumidor em modo físico, mas também em meio digital e está traduzida em cinco idiomas. Ela cuida justamente de atender esse público vulnerável que não tem conhecimento sobre seus direitos básicos de consumidor”, explicou Luiz Orsatti Filho, diretor executivo do Procon-SP.
A cartilha fornece informações sobre o direito à informação e de reclamação e aborda temas como moradia, educação escolar, educação financeira, transporte aéreo e rodoviário e telefonia móvel. Todo esse material está disponível para download no site do Procon-SP.
Nesta cartilha, citou o diretor-presidente do Procon-SP, o consumidor poderá encontrar informações que vão desde a troca de produtos com defeitos, garantia sobre produtos e compras pela internet até orientações sobre o direito de arrependimento.
“Todos nós consumimos desde quando nascemos até quando morremos, seja em refúgio seja exilado. O consumo é fundamental e essencial ao ser humano, por isso que faz parte também dessa cidadania plena”, falou Orsatti Filho.
Elaborada em colaboração com a Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras); a Cáritas Brasileira; a Missão Paz e o Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria da Justiça e Cidadania de São Paulo, o principal objetivo da cartilha é garantir a inclusão social dos refugiados e migrantes no país e também combater golpes.
“Essa cartilha informa todos os direitos das pessoas nas relações de consumo. Nós temos exercitado em São Paulo uma prática que é a da letra viva, ou seja, nós não queremos ter regras ou ter orientações que fiquem só no papel. Nós queremos dar efetividade a isso e essa é a orientação máxima para que a gente tenha uma cidadania plena no estado”, disse Raul Christiano, secretário-executivo estadual da Justiça e Cidadania de São Paulo.
Para o francês Arthur Balthazar Caron, que vive no Brasil desde o ano passado, a cartilha será muito útil para migrantes, como ele. Foi por isso que ele participou do projeto, fazendo a tradução do material para a língua francesa.