Compartilhar notícia

O programa DR com Demori desta semana recebe Chico Pinheiro e passeia pelas histórias da vida do jornalista, que acumula mais de 50 anos de carreira. Conhecido pelo bordão “Graças a Deus, hoje é sexta-feira”, ele revela a inspiração da frase que provoca identificação com o público. “As pessoas param, falam disso, é uma coisa que pega”, diverte-se.
Com a carreira iniciada em 1971, Chico Pinheiro passou pelas principais redações jornalísticas do país, e presenciou o funcionamento da imprensa durante a ditadura militar.
“Eu me lembro muito de receber o Telex, que era uma espécie de telegrama. Chegava assim: ‘De ordem, Departamento de Polícia Federal. De ordem superior, fica terminantemente proibido citar o nome ou fazer qualquer referência a Dom Helder Câmara’”, ele relata.
Ainda estudante universitário, Chico não imaginava que a sua trajetória no jornalismo seria, em maior parte, na televisão, mas conta que essa história pode ter sido premeditada por um senhor chamado Manoelão, que conheceu e se tornou amigo no período em que participou do Projeto Rondon em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha.
“Ele me contava histórias dos antepassados, dos avós dele. Quando eu estava para sair de lá, (...) ele falou: vi você num negócio esquisito, uns maquinários estranhos, umas luzes que eu não conheço. Olha, você falava para muita gente, mas é muita, é mais mesmo”, relembra.