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A Universidade Federal do Ceará (UFC) concedeu nesta sexta-feira (16) o título de graduação post mortem a Bergson Gurjão Farias, líder estudantil assassinado pela ditadura militar em 1972. A data foi escolhida por ser véspera do aniversário do homenageado.
Bergson Gurjão foi líder do movimento estudantil na década de 1960. Ocupou a vice-presidência do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e a diretoria do Centro Acadêmico dos Institutos de Ciências da UFC.
Durante a ditadura militar, teve a matrícula no curso de Química cassada por ser militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Participou da Guerrilha do Araguaia e na data provável de maio de 1972, aos 25 anos, foi encontrado morto pelo Exército e divulgado como desaparecido.
“Bergson tinha aquele idealismo, uma consciência cívica muito grande. Quando ele desapareceu, depois que a gente soube da morte dele, foi aquela dor. Mas foi uma dor que a gente sabia que foi a escolha dele, que ele não fez nada disso sem pensar; era ele, a consciência dele”, diz a irmã Ielnia, de 79 anos, que mora nos Estados Unidos.