Ruralista de Ribeirão Preto, Paulinho Junqueira, esteve com administradores do PCC
, atualizado
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Produtor rural há quase três décadas e um dos fornecedores da Carolo, o sindicalista patronal Paulo Junqueira esteve recentemente com os principais acusados de chefiar o esquema criminoso do etanol no interior, segundo as investigações.
Junqueira possui contratos com usinas e fornece cana crua para moagem na Carolo, tendo visitado recentemente a sede da empresa de Mourad e Silva em Itaquera, Zona Leste da capital paulista. Apesar do contato, Junqueira não é alvo da Operação Carbono Oculto.
"Eu planto cana e vendo, eu quis conhecer, sem dúvida nenhuma, onde eu entrego a minha cana. Eu estive na sede deles, no prédio deles, acredito que têm mais de 20 mil funcionários. Sei que estão no ramo de postos de combustíveis há mais de 20 anos e desconheço qualquer envolvimento criminal deles", concluiu. "Fizemos um aditamento do contrato, e eles [os novos administradores] vêm cumprindo com as obrigações, assim como eu. Meu contato com ambos sempre foi comercial" , disse.
Questionado sobre o encontro com Mohamad e Silva, afirmou que seu interesse foi apenas conhecer quem controla a operação da usina para a qual fornece cana. Disse acreditar que eles possuem grande estrutura no setor de combustíveis e afirmou lamentar se houver envolvimento em crimes, mas negou acreditar na ligação direta deles com o PCC.
"Conversei e estive com eles, na sede, durante uma visita. Encontrei o Mohamed na Usina algumas vezes. É uma pessoa que começa a trabalhar muito cedo e termina muito tarde. Eu lamento se tiver algum tipo de envolvimento ilícito, tomara que a investigação seja séria, pode ser que haja crimes de sonegação fiscal, pode ser que haja envolvimento com crime organizado, mas não acredito", disse.